Os sul-africanos são chamados esta quinta-feira a ir às urnas para eleger o novo parlamento numa altura em que o país mais industrializado de África apresenta uma estagnação da economia, uma dívida galopante, uma taxa de desemprego elevada e escândalos vários a atingir o ANC, o partido no poder em Pretória.
As eleições são, por isso, um teste para o presidente Cyril Ramaphosa, o sucessor de Jacob Zuma que durante os anos de governação, entre 2009 e 2018, acumulou escândalos e acusações de favorecimento.
E são também uma oportunidade para os partidos da oposição, como a Aliança Democrática (AD), apresentarem os seus programas anti-corrupção. A AD é, de resto, a força política que espreita a principal subida.
O partido que tradicionalmente foi da maioria branca abastada mudou o perfil e é hoje uma força transversal à sociedade da África do Sul tendo elegido 89 lugares ao parlamento nas eleições de 2019.
ANC lidera eleições legislativas
O Congresso Nacional Africano (ANC), que está no poder desde 1994 na África do Sul, lidera as eleições legislativas, segundo resultados preliminares apresentados esta quinta-feira pela Comissão Eleitoral Independente.
O ANC, partido histórico de Nelson Mandela, está a liderar com 54,65% dos votos, segundo dados da Comissão Eleitoral Independente.
A Aliança Democrática (DA), principal partido da oposição, surge em segundo lugar com 26,49% dos votos, à frente da terceira maior força política do país, o partido de esquerda radical Fighters for Economic Freedom (EFF), com 8,07%.