Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, negou esta quarta-feira a intenção de deixar de ser militante do PCP, como tinha sido avançado na imprensa. "Não é verdade. É uma não notícia", afirmou.
O dirigente não quis utilizar a palavra traição, mas admite contudo frustração por PCP e BE não aceitarem a cláusula de salvaguarda financeira exigida agora pelo PSD e CDS, o que deverá impedir a aprovação da recuperação integral.
"Eu não quereria falar em traição, porque os únicos que têm compromissos com os professores são os sindicatos. Agora que frustram expectativas, os [partidos] de direita e os de esquerda, menos o PS que já não frustra expectativas de ninguém, frustram", disse Mário Nogueira.
O dirigente mantém alguma esperança na aprovação dos 9 anos, 4 meses e 2 dias de recuperação, mas avisa que se isso não acontecer o final do ano letivo será complicado.
Em cima da mesa está a greve às avaliações a partir de 6 de junho, mas Nogueira admite agora outras formas de luta. A decisão sairá de uma reunião na próxima semana entre os 10 sindicatos.